Se você me conhece, sabe que nos fins de semana sou cantora (de jazz, dixieland e afins) e desenvolvo um trabalho com dança e fitness usando bambolês. Durante a semana, a performer dá lugar à consultora de comunicação e conteúdo. Mas a performer dá mesmo lugar à consultora de comunicação? Ou apenas tira o glitter do rosto e usa umas roupas mais discretas?
Comunicar bem é uma arte (especialmente quando a arte é um ofício, pois requer, sim, estudo, treino e dedicação full-time). Para comunicar, espalhar e amplificar mensagens e ideias, tem que dominar técnicas e instrumentos bastante específicos; tem que saber amplificar direito, para não dar ruído nem microfonia; tem que ganhar a audiência nos primeiros cinco minutos, tem que fazer o espetáculo completo, mas também tem que deixar um gosto de “quero saber mais”; tem que inovar, apresentar novidades, conhecer e experimentar novas tecnologias, mas tem que usar o tradicional e já testado se for mais adequado; tem que engajar a audiência, tem que interagir; tem que pensar no visual e em como a mensagem vai ser embalada; tem que ser humano.
Tem que conhecer bem seu público; tem que ter empatia; tem que comunicar com sinceridade, amar o que faz e acreditar na mensagem que você passa; tem que ter segurança sobre a mensagem que você passa, e saber se você quer levar ao maior número possível de pessoas ou se prefere uma audiência mais qualificada; tem que ajustar o tom pra não desafinar.
Pensando bem, a performer só trocou o palco por documentos no google drive, reuniões no skype e apresentações em powerpoint, mas a ideia é basicamente a mesma. E na hora de fazer uma apresentação, dar uma aula ou palestra, é praticamente a mesma coisa, mas com uma maquiagem bem mais discreta. Ou não, já que as aulas de canto ajudam muito a colocar a voz e a respirar melhor, e o bambolê… o bambolê é sempre um prop interessante numa palestra… ou você já viu palestrante rodando bambolê? 😉